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sábado, 20 de março de 2010

Museu Imperial de Petrópolis comemora 70 anos levando história e cultura para o Brasil

Março é o mês do aniversário do Museu Imperial de Petrópolis.
Redação SRZD, Estado do Rio, 20/03/2010.

No mês de março, um dos mais importantes museus do país, o Museu Imperial de Petrópolis, completa 70 anos de criação e, para comemorar a data, oferecerá uma programação especial.
O aniversário será marcado pelo lançamento do "Almanaque de Petrópolis - O Palácio Imperial", de Regina Helena de Castro Rezende e Cátia Maria Souza de Vasconcelos Vianna; pelo lançamento do "Caderno de Conservação - Coleção Chapéus", de Eliane Marchesini Zanatta; pelo concerto dos 70 anos do Museu, com uma homenagem às pessoas que ajudaram a enriquecer o acervo através de doações e a apresentação de produtos para a loja do Museu.
Ainda como parte da programação, o Museu Imperial implantou um dos mais importantes projetos de sua história. Funcionários da instituição estão concretizando o projeto de Digitalização do Acervo do Museu Imperial, conhecido como projeto DAMI. A iniciativa visa digitalizar todo o acervo do Museu Imperial, a partir de conjuntos de peças representados pelas coleções formadas por diversos doadores, e disponibilizar o material no site da instituição.
A primeira fase foi orçada em R$ 3,5 milhões, tendo o projeto recebido um incentivo de R$ 1,5 milhão da IBM. "O projeto levará mais de uma década para ser concluído. Mas o público poderá desfrutar das informações já a partir do dia 29 de março, quando disponibilizaremos duas coleções: a do visconde de Itaboraí, Joaquim José Rodrigues Torres (1802-1872), e a coleção Carlos Gomes, doada ao Museu pela filha do compositor, Ítala Vaz de Carvalho", adiantou o diretor do Museu, Maurício Vicente Ferreira Júnior.
O Museu também relançou o Sarau Imperial, que recentemente recebeu o selo Tour da Experiência do Ministério do Turismo. No projeto, "a princesa d. Isabel e suas amigas" convidam o público para passar uma tarde muito agradável com uma aula de história, boa música e poesia.

O Museu Imperial
Desde 29 de março de 1940, o Museu Imperial preserva, pesquisa e divulga objetos da história e da arte do período imperial brasileiro, garantindo para as futuras gerações o contato com o passado do país.
O local foi eleito uma das sete maravilhas do Estado do Rio de Janeiro, em 2007, e recebeu também nota máxima no "Guia Verde Michelin - Rio de Janeiro", de 2010, além de ter sido selecionado entre os dez melhores programas de viagem no Guia Quatro Rodas, edição 2010. O local não é apenas para visitação, mas para aprendizagem sobre a história do Brasil.
Além do acervo, composto por mais de 11 mil peças, diversas atividades e projetos já foram realizados ao longo de sete décadas, tudo isso para levar história aos visitantes de uma maneira inovadora e bela.

Serviço:
Museu Imperial
Endereço: Rua da Imperatriz, 220
Visitação: De terça a domingo, das 11h às 18h.
http://www.museuimperial.gov.br/
Telefones: 2245-5550 / 2245-5560
Preços:
Adultos: R$ 8,00
Estudantes, professores e maiores de 60 anos: R$ 4,00
Menores de 7 anos e maiores de 80: Gratuito

FITUR: O Brasil está engatinhando....

O futuro do turismo no mundo

João Pedro Figueira, Jornal do Brasil-18/03/2010
RIO - Mês passado aconteceu a 30ª edição da Feira Internacional de Turismo (Fitur), em Madrid, que reuniu 170 países, 12 mil empresas e mais de 130 mil visitantes.
Destaco quatro pontos que me chamaram a atenção por lá:
1. A evidência da conservação ambiental como tema definitivamente inserido na agenda do turismo internacional;
2. O uso intensivo da tecnologia da informação como veículo não só de divulgação, mas, e principalmente, como instrumento de prospecção de negócios, com impactos significativos no perfil do trabalho do trade turístico e principalmente dos agentes de turismo;
3. A presença forte da África e dos países do Oriente Médio, com estandes de Gana, Uganda, Abu Dhabi, Kuwait e Emirados Árabes e
4. As oportunidades de negócio e de visibilidade internacional perdidas pelo Brasil em razão da qualidade ruim de sua presença na Feira e do preconceito com o carnaval.
A feira reconheceu o fato com a destinação de um espaço próprio para debate do tema e para exposição de produtos voltados para o gerenciamento de energia nos hotéis, a Fitur Green, que inovou com o anúncio de metas específicas de redução no uso de energia (elevação da eficiência energética) – 20% – e aumento na utilização de tecnologias de energia renovável – 10%. As conclusões da Fitur Green estabeleceram metas objetivas, discutidas em plenário.
A tecnologia da informação, representada por diversas mídias sociais, sites, blogs, Twitter, Orkut, YouTube, demonstrou a transformação radical no perfil profissional dos agentes de viagens. Com exceção dos estandes do Ministério do Turismo do Brasil e da Embratur, quase não houve distribuição de folders em papel. Os pen drives e a divulgação maciça dos sites os substituíram em grande medida.
O Brasil deixou a desejar. Na programação da feira, não havia informação a respeito de qualquer apresentação sobre a Copa e sobre as Olimpíadas. Passamos em brancas nuvens na pauta de eventos e palestras. Não dissemos nada. Nosso país destoou de todo o resto pela falta de criatividade e uso limitadíssimo da tecnologia. Esteve igualado na dedicação de seus expositores, mas a similitude parou aí. Somente os delegados do Maranhão estavam com pen drives para divulgação do turismo local. No mais, tudo foi um culto à pré-história da informática e do isolamento no passado. Não se ouviu música, nem foi possível encontrar sambistas ou traços de nosso carnaval, veladamente censurados por medo da vinculação ao turismo sexual, o que representa uma afronta a nossa cultura. Para um país que pretende ser um grande receptor de turistas, o Brasil mostrou que está apenas engatinhando.
Enfim, a 30ª edição da Fitur deixou lições importantes para o mundo e um recado para o governo brasileiro: o turismo é um bom negócio, mas assunto para gente capaz de pensar grande, ser eficiente e não ter vergonha de suas riquezas e de sua cultura.
João Pedro Figueira é deputado estadual e presidente da Comissão de Turismo da Alerj.

Comentário do Guia Antônio Abilio
"É lamentável a atuação das autoridades Brasileiras na divulgação das enormes opções de turismo existentes no nosso país. Uma grande pena. Quando isto irá mudar? Quando é que o turismo será visto e encarado de maneira séria?"