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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

EXPOSIÇÃO PERMANENTE NO MORRO DA URCA VAI LEMBRAR OS 98 ANOS DO BONDINHO DO PÃO DE AÇÚCAR.

FOTO HIOSTÓRICA PÃO AÇUCAR Quem for ao Morro da Urca, a partir da próxima semana, poderá embarcar numa nova viagem, de volta ao passado. Na terça-feira, a Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar vai inaugurar o “Cocuruto” – a história de um fio”, espaço cultural a céu aberto, que contará a história dos teleféricos, criados há 98 anos. O local, que terá uma exposição permanente e interativa, dividida em quatro módulos, em breve receberá mostras temporárias. A visitação será gratuita.
Idealizado pelo diretor de criação Marcello Dantas, o “Cocuruto” quase virou museu. Mas a diretora-geral da companhia, Maria Ercília Leite de Castro, achou que era pomposo demais:
-Ficamos numa área pequena, chamar de museu seria muito pomposo. Mas temos um acervo grande, de fotos, vídeos. O espaço vai enriquecer o passeio.
Entre as curiosidades estão uma engrenagem original dói bondinho e fotos históricas, como a de Steven McPeak caminhando sobre o cabo do teleférico, em 1977. Também há um registro da acrobacia feita pelos irmãos Brueder, em 1967, que deslizaram de motocicleta sobre o cabo do teleférico, entre o Morro da Urca e o Pão de Açúcar.
O “Cocuruto” foi erguido no Morro da Urca. Segundo Maria Ercília, é o espaço cultural mais alto do Rio de Janeiro, a 227 metros de altura. Ele ganhou este nome justamente por ficar num ponto bastante elevado.
A história dos fios estará contada em quatro módulos: o engenho, a arqueologia, o fio da memória e as linhas na paisagem. No espaço, o visitante conhece o maquinário que levou o primeiro bonde em 1912, até o Pão de Açúcar e a relação do ponto turístico com a cidade. Há ainda depoimentos de pesquisadores e pessoas como o jornalista Nelson Motta, que organizou shows de música no Morro da Urca – sem falar em curiosidade, como a utilização do local para locações do filme “007 contra o foguete da morte” (Moonraker5”, de 1979.
Ediane Merola
8-12-2010