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domingo, 24 de junho de 2012

Opinião de livros sobre a Família Imperial.
Gerardo Millone para O Guia Legal - 2012

Nunca uma Santa– Coleção “As Grandes Mulheres da História” .F.W. Kenyon (A Incrível  Carlota Joaquina) Editora Itatiaia – 1960. 

Verdadeiro “achado” em Sebo, um livro biografia novela da Rainha que tanto da para contar sobre a telenovela da história do Rio desde 1808. O autor, nascido em Nova Zelândia, é ainda muito famoso e conhecido pelos livros sobre mulheres da história, Lady Hamilton, Maria Antonieta, e Josefina Bonaparte em livro levado ao Cinema nos anos ´50 (A Amante do Imperador). Curiosamente, ainda ele aparecendo muito na Internet, este trabalho que não teve tanto marketing, nem figura na sua obra. E, na realidade, é até benévolo com a Rainha Espanhola, regatando algumas frases loucas e o gênio dela e seus contínuos boicotes ao reino do esposo. Pouco nos conta da infância e adolescência dela, mas, pelo menos, retrata em 400 páginas boa parte da história do Brasil.


Imperatriz no Fim do Mundo. Ivanir Calado.
Memórias dúbias de Amélia de Leuchtemberg. Rio Fundo Editora – 1992.

Aqui temos um personagem da história que passou pelo Brasil sem deixar rastro de loucuras ou comportamentos errados. Mas Amélia tinha mais do que beleza e coragem, para casar com um Imperador de tão ruim reputação com a primeira esposa. Infelizmente pouco deixa o livro a entender sobre a verdadeira Amélia, nem sobre os talentos da mesma fora de sua paciência e tolerância. Mas ler que era neta da Josephine Bonaparte, que seu irmão foi esposo de sua enteada, rainha Maria de Portugal, e algumas histórias que a diferenciavam da Leopoldina, como quando se negou a receber as filhas da Domitila. Como se comentava na época, a beleza da Amélia “domou a fera”. Eu tenho esta velha edição, mas existe outra mais recente.





O Príncipe Maldito – Mary Del Priore.
Traição e loucura na família imperial. – Objetiva – 2006.

Foi para mim mais do que interessante este livro para poder ter uma ideia mais real do íntimo da família de D. Pedro II. A figura do Pedro Augusto de Saxe e Coburgo por ser complicado, e por estar numa posição que passou a ser intermédia para a coroa do Império, foi uma pedra no sapato da Isabel. E é ela quem pesará em contrEste a do futuro do sobrinho, pois é o sobrinho que desestabilizou muita harmonia duma família que todos descrevemos como harmônica.... Muito boa descrição do histórico do príncipe, e muito bom material sobre a família imperial.



Era no tempo do rei – Ruy Castro.
Um romance da chegada da Corte – Alfaguara – 2007.

Mais um romance não muito real sobre a família imperial, mas, ao mesmo tempo, muito bem inspirado no jeito e espírito do jovem Pedro I, e a sociedade na época dele. Uma descrição de um Rio de Janeiro com excelente atmosfera, tanto que transmite cheiros, atitudes e personagens dignos de realismo mágico como a prostituta Barbara dos Prazeres. Indistintamente do rigor histórico, é um livro atrativo e simpático com Pedro I de 12 anos e o amigo Leonardo aprontando e aproveitando a falta de infraestrutura do Reino no Brasil e da cidade no momento de enormes mudanças. Gostei. Seria em esplêndido filme de época com personagens criveis (o Rei, Vidigal, o padre Perereca e outros).
Nas bancas de jornal pode se achar uma versão de bolso bem econômica.




Leopoldina & Pedro I – Sonia de sant´Anna.
A vida privada na Corte. Jorge Zahar editora - 2004


Não sei se é fácil de achar hoje este livro, Mary Del Priore lançou há pouco o livro “A Carne e o Sangue” pesquisando este triângulo amoroso (ou uma linha reta com acessório) entre Leopoldina, Pedro I e Domitila. Podemos ler nele sobre a personalidade e caráter de D. Pedro I, já conhecida, mas a riqueza da obra (esta, e sem dúvidas a nova lançada agora) é o antagonismo entre o jeito da Leopoldina e o da Domitila. Os encontros são dignos da mais dramática telenovela, e tudo isso sabendo o leitor, que foi real, assim como Carlota ou tantos outros personagens. O livro da Sonia está muito bem documentado, sobretudo com as emocionantes cartas enviadas pela Leopoldina a sua irmã e pai e escritos da Maria Graham. Vale a pena ler.




Dom Pedro II e a Princesa Isabel – Paulo Roberto Viola.
Uma visão Espírita-Cristã do Segundo Reinado. Lorenz- 2010.

Apesar de iniciar a leitura do livro com algumas dúvidas, foi uma boa surpresa descobrir que o autor estava muito bem documentado sobre muitos detalhes interessantes da história da família imperial. A escrita é simples, e coloquial, até parece que o autor ao se permitir explanar várias situações do Pedro II e Isabel, nos conta as histórias de maneira fácil de entender e com uma liberdade que os historiadores não podem se permitir. Isso pode ser positivo ou negativo, mas para quem já leu sobre estas celebridades e conhece a história, o livro aporta mais para pensar em como eles deviam ser na vida privada, e procura continuamente resgatar e valorizar a figura deles, considerados pelo autor almas puras e bem intencionadas quando encarnadas e ainda hoje, depois de desencarnadas. 




Este material faz parte de material publicado no site www.oguialegal.com
Gerardo Millone - 2012


domingo, 10 de outubro de 2010

A CAIXA PRETA E MEU EGOÍSMO

O QUE É A CAIXA PRETA NO MEIO DA PRAÇA XV?
Quando faço o tour histórico no centro do Rio, tento não ser egoísta e pensar que tudo deve estar a disposição do que eu quero mostrar. Aliás, melhor assim, já que muitas vezes as igrejas estão fechadas, as ruas históricas lotadas de mesas, e eventos surpresa cortam o passo ou cobrem fachadas. Mas não gostei da localização da caixa preta frente ao Paço, ainda sabendo que faz parte de uma importante exposição de um artista de qualidade. Lembrei então do escrito por Laurentino Gomes bem no início do livro 1808, comentando sobre o uso da Quinta de Boa Vista como museu, e depois sobre o uso do Paço: “A mesma sensação de descaso se repete no centro do Rio de Janeiro, onde outro prédio deveria guardar lembranças importantes desse período........o antigo Paço Imperial é um casarão de dois andares do século XVII.......hoje um turista desavisado poderia passar por ele sem tomar conhecimento dessa informação. Com exeção de uma carruagem antiga, de madeira e sem identificação, exposta junto à janela direita da entrada principal, nada ali faz referência a seu passado histórico....Em se tratando do Paço Imperial, seria mais razoável que se tentasse reproduzir a cidade colonial da época em que a corte portuguesa chegou ao Brasil”. Penso exactamente o mesmo que ele, já passou 2008 e ainda as autoridades não conseguem valorizar o passado apresentando o mesmo tal qual este foi.
Gerardo Millone – 10 Outubro 2010

OBRA DE ARTE PENETRÁVEL
“A caixa preta no meio da Praça XV chama a atenção de quem passa. “É uma obra de arte...”, começa a explicar a mediadora que permanece no local para acompanhar os visitantes e os transeuntes curiosos “...de Hélio Oiticica, um dos maiores artistas brasileiros”, acrescenta ela. E, por fim: “Essa obra é um penetrável.” A palavra acarreta mais curiosidade ainda. O que seria um “penetrável”? Simples: uma obra na qual o observador pode entrar nela, penetrar.

Desde 11 de setembro, áreas públicas do Rio ganharam ares de museu. A exposição “Hélio Oiticica – Museu é o Mundo” conta com quatro penetráveis que não foram vistos na mesma mostra em São Paulo, em maio. São eles: o “PN 16”, nunca exibido em tamanho natural; “Éden”, conjunto de vários ambientes que integrou a primeira exposição do artista na Whitechapel, em Londres, em 1969; “Mesa de Bilhar – Apropriação d’après O Café Noturno de Van Gogh”, montada pela primeira vez, na Central do Brasil; e o igualmente inédito “Bólide Área Água”, na Praça do Lido. O curador César Oiticica Filho conta que expor os penetráveis em lugares públicos do Rio foi tarefa mais fácil do que em São Paulo, onde não obteve autorização da prefeitura. “Não conseguimos montar na Praça da República, que era o local original do projeto “PN 16”, agora na Praça XV do Rio”.

FONTE: http://www.istoe.com.br/reportagens/

E-mail do MARCELO REZENDE - 10-10-2010
Oi Gerardo!
Esta exposição do Helio Oiticica está em outros locais do centro, mas a base está na Casa França Brasil.

Acho que esta caixa poderia estar debaixo da Perimetral, onde, além de não obstruir a vista do Paço, tem maior movimento de gente uma vez que, ao sair das barcas, há um fluxo grande de pessoas que passam em direção à rua S. José, não passando portanto na Praça XV.

Mas é como vc colocou, o descaso a falta de sensibilidade das autoridades com relação ao turismo em nossa cidade é marca registrada de longa data...

Abraços!

Marcelo Rezende