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domingo, 24 de junho de 2012

Opinião de livros sobre a Família Imperial.
Gerardo Millone para O Guia Legal - 2012

Nunca uma Santa– Coleção “As Grandes Mulheres da História” .F.W. Kenyon (A Incrível  Carlota Joaquina) Editora Itatiaia – 1960. 

Verdadeiro “achado” em Sebo, um livro biografia novela da Rainha que tanto da para contar sobre a telenovela da história do Rio desde 1808. O autor, nascido em Nova Zelândia, é ainda muito famoso e conhecido pelos livros sobre mulheres da história, Lady Hamilton, Maria Antonieta, e Josefina Bonaparte em livro levado ao Cinema nos anos ´50 (A Amante do Imperador). Curiosamente, ainda ele aparecendo muito na Internet, este trabalho que não teve tanto marketing, nem figura na sua obra. E, na realidade, é até benévolo com a Rainha Espanhola, regatando algumas frases loucas e o gênio dela e seus contínuos boicotes ao reino do esposo. Pouco nos conta da infância e adolescência dela, mas, pelo menos, retrata em 400 páginas boa parte da história do Brasil.


Imperatriz no Fim do Mundo. Ivanir Calado.
Memórias dúbias de Amélia de Leuchtemberg. Rio Fundo Editora – 1992.

Aqui temos um personagem da história que passou pelo Brasil sem deixar rastro de loucuras ou comportamentos errados. Mas Amélia tinha mais do que beleza e coragem, para casar com um Imperador de tão ruim reputação com a primeira esposa. Infelizmente pouco deixa o livro a entender sobre a verdadeira Amélia, nem sobre os talentos da mesma fora de sua paciência e tolerância. Mas ler que era neta da Josephine Bonaparte, que seu irmão foi esposo de sua enteada, rainha Maria de Portugal, e algumas histórias que a diferenciavam da Leopoldina, como quando se negou a receber as filhas da Domitila. Como se comentava na época, a beleza da Amélia “domou a fera”. Eu tenho esta velha edição, mas existe outra mais recente.





O Príncipe Maldito – Mary Del Priore.
Traição e loucura na família imperial. – Objetiva – 2006.

Foi para mim mais do que interessante este livro para poder ter uma ideia mais real do íntimo da família de D. Pedro II. A figura do Pedro Augusto de Saxe e Coburgo por ser complicado, e por estar numa posição que passou a ser intermédia para a coroa do Império, foi uma pedra no sapato da Isabel. E é ela quem pesará em contrEste a do futuro do sobrinho, pois é o sobrinho que desestabilizou muita harmonia duma família que todos descrevemos como harmônica.... Muito boa descrição do histórico do príncipe, e muito bom material sobre a família imperial.



Era no tempo do rei – Ruy Castro.
Um romance da chegada da Corte – Alfaguara – 2007.

Mais um romance não muito real sobre a família imperial, mas, ao mesmo tempo, muito bem inspirado no jeito e espírito do jovem Pedro I, e a sociedade na época dele. Uma descrição de um Rio de Janeiro com excelente atmosfera, tanto que transmite cheiros, atitudes e personagens dignos de realismo mágico como a prostituta Barbara dos Prazeres. Indistintamente do rigor histórico, é um livro atrativo e simpático com Pedro I de 12 anos e o amigo Leonardo aprontando e aproveitando a falta de infraestrutura do Reino no Brasil e da cidade no momento de enormes mudanças. Gostei. Seria em esplêndido filme de época com personagens criveis (o Rei, Vidigal, o padre Perereca e outros).
Nas bancas de jornal pode se achar uma versão de bolso bem econômica.




Leopoldina & Pedro I – Sonia de sant´Anna.
A vida privada na Corte. Jorge Zahar editora - 2004


Não sei se é fácil de achar hoje este livro, Mary Del Priore lançou há pouco o livro “A Carne e o Sangue” pesquisando este triângulo amoroso (ou uma linha reta com acessório) entre Leopoldina, Pedro I e Domitila. Podemos ler nele sobre a personalidade e caráter de D. Pedro I, já conhecida, mas a riqueza da obra (esta, e sem dúvidas a nova lançada agora) é o antagonismo entre o jeito da Leopoldina e o da Domitila. Os encontros são dignos da mais dramática telenovela, e tudo isso sabendo o leitor, que foi real, assim como Carlota ou tantos outros personagens. O livro da Sonia está muito bem documentado, sobretudo com as emocionantes cartas enviadas pela Leopoldina a sua irmã e pai e escritos da Maria Graham. Vale a pena ler.




Dom Pedro II e a Princesa Isabel – Paulo Roberto Viola.
Uma visão Espírita-Cristã do Segundo Reinado. Lorenz- 2010.

Apesar de iniciar a leitura do livro com algumas dúvidas, foi uma boa surpresa descobrir que o autor estava muito bem documentado sobre muitos detalhes interessantes da história da família imperial. A escrita é simples, e coloquial, até parece que o autor ao se permitir explanar várias situações do Pedro II e Isabel, nos conta as histórias de maneira fácil de entender e com uma liberdade que os historiadores não podem se permitir. Isso pode ser positivo ou negativo, mas para quem já leu sobre estas celebridades e conhece a história, o livro aporta mais para pensar em como eles deviam ser na vida privada, e procura continuamente resgatar e valorizar a figura deles, considerados pelo autor almas puras e bem intencionadas quando encarnadas e ainda hoje, depois de desencarnadas. 




Este material faz parte de material publicado no site www.oguialegal.com
Gerardo Millone - 2012


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

"PEREGRINAÇÃO TURÍSTICA A 25 IGREJAS DO CENTRO DO RIO DE JANEIRO".

Foi publicado o Livro:

"PEREGRINAÇÃO TURÍSTICA A 25 IGREJAS DO CENTRO DO RIO DE JANEIRO".

MITTIDIERI Livro 2011 baixaÉ mais um excelente trabalho do Prof. Jorge Mitidieri, Guia de turismo, Arquiteto e Urbanista.

 

 

 

Breve, claro, detalhista e muito, muito bem informado, o autor destaca em três, quatro páginas por prédio, dicas de cada igreja visitada.

 

 

 

O contato para ter o livro é j.mitidieri@terra.com.br

"Ao peregrinarmos pelas 25 igrejas do Centro Histórico do Rio de Janeiro, nos sentimos em pleno século XVI quando era fervorosa a devoção dos antigos habitantes de nossa cidade. A fé multiplicada fez com que nascessem as igrejas, que inicialmente eram toscas ermidas e capelas, transformadas em templos de vulto, de maior e menor suntuosidade, altares simples e belos com seus retábulos, frutos da arte de pessoas às vezes humildes.

A cerimônias litúrgicas e os próprios atos religiosos, eram, na ´época, a única maneira de quebrar a monotonia de uma existência de trabalho sem conforto e comodidade.

Fazer esse caminho pode ser a oportunidade perfeita para descobrirmos a magia de um período da nossa história, que, propicia à meditação para fugir ao reboliço da cidade grande, em busca da voz que nos faz falta, à procura de um silência que só a tranquilidade e a oração podem nos ofertar. Uma Igreja não é construída só de credos, formas ou espaços, nem tampouco está contida apenas entre quatro paredes de mármore com belíssimas estruturas.

O coração purificado do ser humano é o mais alto altar do mundo, e cada homem é um templo do Deus Vivo, e o Espírito da Verdade, seja qual for a religião, que nos guiará para a Verdade Eterna.

A peregrinação pelas 25 igrejas poderá ser feita em um mesmo dia, ou dividida em 12 a cada dia, ou até menos em quantos dias se quiser. O que vale aqui é o propósito dessa peregrinação, que pode ser turística, simbólica ou feita através da fé. Depende da maneira como você a entende".

Jorge Mitidieri – 2011

sábado, 29 de outubro de 2011

Bondinho na praça São Judas Tadeu

A guia ANGÊLICA MONNERAT, sempre pesquisando sobre seu amado bairro: LARANJEIRAS, enviou fotos e informações do “Blog Bairro das Laranjeiras”.

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No dia 11/10/11, um trenzinho surgiu na praça São Judas Tadeu. Muitas pessoas ficaram intrigadas com a presença dele ali. Seria somente pelo período das comemorações dos 127 anos do Trem do Corcovado?

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Na semana passada, uma pequena mureta e grades foram colocadas ao redor do trem. Logo... ele ficará ali pra sempre.

Curiosa sobre o fato, olhei por todos os lados em busca de alguma informação que explicasse a presença dele ali. Enfim, atrás do vagão, achei uma plaquinha do tamanho de um palmo que dizia:...

trenzinho_verde2

Postado por Isabel Vidal – Blog Bairro das Laranjeiras.

http://bairrodaslaranjeiras.blogspot.com/2011/10/o-primeiro-trem-eletrico-do-brasil-na.html

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Workshop para Guias no Rio Sul

5 de Outubro de 2011

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No dia 5/10/2011 os guias fomos convidados através de divulgação do Sindegtur a um encontro com o Super Intendente do Shopping Center RIO SUL Marcio Werner, a Gerente de marketing Ana Gabriela Affonso e a Coordenadora de Atendimento Flavia Araújo.

O objetivo do grupo que está no shopping há quatro anos, foi trocar idéias com Guias para incentivar a visita de turistas, sobretudo estrangeiros.

Muitos foram os assuntos conversados, e foi muito importante o compromisso que eles assumiram, garantindo reiteradas vezes que muito se facilitará a visita dos Guias de Turismo ao centro comercial.

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PROGRAMA DO RELACIONAMENTO DE GUIAS

Este programa é um projeto de Premiação a Guias cadastrados depois de um resultado de vouchers (ainda inexistentes) de clientes enviados por eles. O projeto tenta organizar o pago de comissão da maioria das lojas (ainda a ser conversado com os lojistas), e um contato via e-mail.

O guia Gerardo (quem escreve) sugeriu fazer campanha para seduzir os turistas oferecendo informação sobre os produtos que geralmente procuram: música, café, bikinis, souvenirs, cambio, comida típica, etc.

Werner comentou que pode oferecer essa informação impressa aos turistas para incentivar as compras.

Um, dos temas que a guia Cleópatra destacou, foi o abuso de muitos motoristas de táxi que cobram uma tarifa aumentada em vez de respeitar o que marca o taxímetro. Werner respondeu que é assunto difícil de controlar por acontecer fora do prédio, as que tentará contato com os prestadores de serviço para evitar esta situação. Ficou a sugestão da guia Mariley de orientar os passageiros a pegar táxi no 4º andar, sendo este serviço mais seguro.

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RIO SUL FREE BUS:

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o projeto é trocar este único bus por duas Vans para poder cumprir os horários e separar áreas mais distantes e agilizar o serviço. O GUIA apresentando a carteira da Embratur poderá retirar vouchers para seus pax que poderão assim pegar este transporte. Uma das propostas é que os passageiros terão desconto apresentando esse voucher nas lojas.

 

clip_image002[20]QUIOSQUE RIO SUL: Localizado na orla de Copacabana entre as ruas Siqueira Campos e Figuereido Magalhães, oferece informação aos visitantes impressa em folheto chamado DICAS PARA O CARIOCA onde estagiários (alguns falando inglês imprimem o que está acontecendo nesse dia na cidade, mas desde o ponto de vista do Carioca. O Guia Mariano sugiriu oferecer as informações para os Guias via Internet, já que o envio de informações faz parte do Programa proposto pelos anfitriões.

CREDENCIAL PARA ESTACIONAMENTO

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Ante consulta sobre a dificuldade de estacionamento tanto para ônibus, micros vans e carros particulares, Marcio Werner ofereceu criar uma CREDENCIAL para os Guias cadastrados facilitando assim o Estacionamento Livre no desembarque dos turistas tanto na porta do Shopping quanto no Estacionamento do mesmo. Ele comentou que está criando infra-estrutura para receber ao turista, treinando os atendentes para falar inglês, e propondo aos lojistas considerar importante para as vendas fazer o mesmo com os empregados.

RIO SUL - CONTATOS

GERENTE DE MARKETING ana.gabriela@riosul.com.br

COORDENADORA DE MARKETING pamela.dupret@riosul.com.br

COORDENADORA DE ATENDIMENTO flavia.araujo@riosul.com.br

SUPER INTENDENTE Márcio Werner

CONSULTOR TURÍSTICO Bayard Boiteux

Em breve enviarão TELEFONE de contato

DIVULGAÇÃO

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                                                   5/10/2011

domingo, 2 de janeiro de 2011

A MOURA E A INDIA, TESÃO DOS CONQUISTADORES PORTUGUESES.

Gilberto Freyre escreve em Casa-Grande e Senzala, que antes de se misturar com a mulher brasileira, o português, devido ás antigas invasões na península, estava preparado e “incentivado” a acasalar com outras raças.

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‘O longo contato com os sarracenos deixara idealizada entre os portugueses a figura da “moura encantada”, tipo delicioso de mulher morena e de olhos pretos, envolta em um misticismo sexual – sempre de encarnado, sempre penteando os cabelos ou banhando-se nos rios ou na águas das fontes mal-assombradas – que os colonizadores vieram encontrar parecido, quase igual, entre a índias nuas e de cabelos soltos do Brasil. Que esta tinham também os olhos e os cabelos pretos, o corpo pardo pintado de vermelho, e, tanto quanto a nereidas mouriscas, eram doidas por um banho de rio onde se refrescasse sua ardente nudez e por um pente para pentear o cabelo. Além do que, eram gordas como a mouras. Apenas menos ariscas: por qualquer bugiganga ou caco de espelho estavam se entregando, de pernas abertas, aos “caraíbas” gulosos de mulher”.

Fonte: Casa-Grande e Senzala – Gilberto Freyre, edição 1954.

Imagens: Iracema – Esmeralda – Vasco de Gama.

Pesquisa O Guia Legal – 2011.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

EXPOSIÇÃO PERMANENTE NO MORRO DA URCA VAI LEMBRAR OS 98 ANOS DO BONDINHO DO PÃO DE AÇÚCAR.

FOTO HIOSTÓRICA PÃO AÇUCAR Quem for ao Morro da Urca, a partir da próxima semana, poderá embarcar numa nova viagem, de volta ao passado. Na terça-feira, a Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar vai inaugurar o “Cocuruto” – a história de um fio”, espaço cultural a céu aberto, que contará a história dos teleféricos, criados há 98 anos. O local, que terá uma exposição permanente e interativa, dividida em quatro módulos, em breve receberá mostras temporárias. A visitação será gratuita.
Idealizado pelo diretor de criação Marcello Dantas, o “Cocuruto” quase virou museu. Mas a diretora-geral da companhia, Maria Ercília Leite de Castro, achou que era pomposo demais:
-Ficamos numa área pequena, chamar de museu seria muito pomposo. Mas temos um acervo grande, de fotos, vídeos. O espaço vai enriquecer o passeio.
Entre as curiosidades estão uma engrenagem original dói bondinho e fotos históricas, como a de Steven McPeak caminhando sobre o cabo do teleférico, em 1977. Também há um registro da acrobacia feita pelos irmãos Brueder, em 1967, que deslizaram de motocicleta sobre o cabo do teleférico, entre o Morro da Urca e o Pão de Açúcar.
O “Cocuruto” foi erguido no Morro da Urca. Segundo Maria Ercília, é o espaço cultural mais alto do Rio de Janeiro, a 227 metros de altura. Ele ganhou este nome justamente por ficar num ponto bastante elevado.
A história dos fios estará contada em quatro módulos: o engenho, a arqueologia, o fio da memória e as linhas na paisagem. No espaço, o visitante conhece o maquinário que levou o primeiro bonde em 1912, até o Pão de Açúcar e a relação do ponto turístico com a cidade. Há ainda depoimentos de pesquisadores e pessoas como o jornalista Nelson Motta, que organizou shows de música no Morro da Urca – sem falar em curiosidade, como a utilização do local para locações do filme “007 contra o foguete da morte” (Moonraker5”, de 1979.
Ediane Merola
8-12-2010

domingo, 17 de outubro de 2010

Miguel Pereira: Anda Brasil

No Domingo 17 de Outubro participei de mais uma caminhada convidado pela amiga Guia CENI TARDELLI. Foi em Miguel Pereira, partindo da Fazenda Santa Cecília. O destaque do lugar foi a Capela feita pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1989 para a filha do dono da Fazenda quando fez 15 anos.
 IMG_0619     CAPELA SANTA CECÍLIA -1989     
Coloco aqui mini-histórico da Fazenda:
Fazenda histórica do ciclo do café, foi construída em 1770 em estilo colonial. No apogeu do Ciclo do Café, por volta 1840, seu proprietário, o Barão de Paty de Alferes, realizou uma reforma alterando seu estilo para neo-clássico. Localizada no Distrito de Vera Cruz, município de Miguel Pereira, possui em seus jardins uma capela projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer com um painel dedicado à Santa Cecília desenhado por ele em seu interior. Local de beleza cênica única, abre suas 20 suítes para hospedagem na modalidade do Turismo de Habitação. Dispomos de piscina, açude para pescaria, rio e cachoeiras propícios para banho, passeios à cavalo, curral e nas instalações da Fazenda, salão de jogos, sala de leitura e restaurante com pratos da culinária regional mineira, doces e queijos produzidos na Fazenda e um tira gosto exclusivo: o Pastel de Angu.
http://www.preservale.com.br/onde_hospedar.html

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A Fazenda original foi Fazenda da Piedade de Vera Cruz (1770), sendo a construção da Capela de Santo Antônio (1898) outra data importante. Tropeiros, barões de Café, armazens e trapiches foram a origem do povoado, usando caminhos alternativos para o transporte de ouro e produtos da região. No início do século XX foi aberto ramal auxiliar da Estrada de Ferro Leopoldina que, partindo de Japerí, na baixada fluminense, atingia o rio Paraíba em Paraíba do Sul. Cabe destacar a ponte de Ferro de início do século ainda firme, porém, sem uso (Viaduto Paulo de Frontim).
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Fonte: Prefeitura Municipal de Miguel Pereira.
O encontro teve comida “orgánica”, e uma visita a alguns destaques de Miguel Pereira, como a casa de doces, compotas e cristalizados (feitos com amor) CARMEM (Rua Dr. Pedro Saulo, nº 70- 2484-2933), e o Sítio Solidão, Lad. 4 de fevereiro, 73 – (24)2484-2404, www.sitiosolidao.com.br , com queijos e delicatessen.
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Fico feliz de ter participado, e agradeço a Anda Brasil, mas muito mais a minha amiga CENI pela dedicação e produção do encontro.
Miguel Pereira também tem o Museu Francisco Alves, e o Parque Javary.
      CENI em M Pereira      IMG_0631
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Fotos: Gerardo Millone – 17 Outubro de 2010.

domingo, 10 de outubro de 2010

A CAIXA PRETA E MEU EGOÍSMO

O QUE É A CAIXA PRETA NO MEIO DA PRAÇA XV?
Quando faço o tour histórico no centro do Rio, tento não ser egoísta e pensar que tudo deve estar a disposição do que eu quero mostrar. Aliás, melhor assim, já que muitas vezes as igrejas estão fechadas, as ruas históricas lotadas de mesas, e eventos surpresa cortam o passo ou cobrem fachadas. Mas não gostei da localização da caixa preta frente ao Paço, ainda sabendo que faz parte de uma importante exposição de um artista de qualidade. Lembrei então do escrito por Laurentino Gomes bem no início do livro 1808, comentando sobre o uso da Quinta de Boa Vista como museu, e depois sobre o uso do Paço: “A mesma sensação de descaso se repete no centro do Rio de Janeiro, onde outro prédio deveria guardar lembranças importantes desse período........o antigo Paço Imperial é um casarão de dois andares do século XVII.......hoje um turista desavisado poderia passar por ele sem tomar conhecimento dessa informação. Com exeção de uma carruagem antiga, de madeira e sem identificação, exposta junto à janela direita da entrada principal, nada ali faz referência a seu passado histórico....Em se tratando do Paço Imperial, seria mais razoável que se tentasse reproduzir a cidade colonial da época em que a corte portuguesa chegou ao Brasil”. Penso exactamente o mesmo que ele, já passou 2008 e ainda as autoridades não conseguem valorizar o passado apresentando o mesmo tal qual este foi.
Gerardo Millone – 10 Outubro 2010

OBRA DE ARTE PENETRÁVEL
“A caixa preta no meio da Praça XV chama a atenção de quem passa. “É uma obra de arte...”, começa a explicar a mediadora que permanece no local para acompanhar os visitantes e os transeuntes curiosos “...de Hélio Oiticica, um dos maiores artistas brasileiros”, acrescenta ela. E, por fim: “Essa obra é um penetrável.” A palavra acarreta mais curiosidade ainda. O que seria um “penetrável”? Simples: uma obra na qual o observador pode entrar nela, penetrar.

Desde 11 de setembro, áreas públicas do Rio ganharam ares de museu. A exposição “Hélio Oiticica – Museu é o Mundo” conta com quatro penetráveis que não foram vistos na mesma mostra em São Paulo, em maio. São eles: o “PN 16”, nunca exibido em tamanho natural; “Éden”, conjunto de vários ambientes que integrou a primeira exposição do artista na Whitechapel, em Londres, em 1969; “Mesa de Bilhar – Apropriação d’après O Café Noturno de Van Gogh”, montada pela primeira vez, na Central do Brasil; e o igualmente inédito “Bólide Área Água”, na Praça do Lido. O curador César Oiticica Filho conta que expor os penetráveis em lugares públicos do Rio foi tarefa mais fácil do que em São Paulo, onde não obteve autorização da prefeitura. “Não conseguimos montar na Praça da República, que era o local original do projeto “PN 16”, agora na Praça XV do Rio”.

FONTE: http://www.istoe.com.br/reportagens/

E-mail do MARCELO REZENDE - 10-10-2010
Oi Gerardo!
Esta exposição do Helio Oiticica está em outros locais do centro, mas a base está na Casa França Brasil.

Acho que esta caixa poderia estar debaixo da Perimetral, onde, além de não obstruir a vista do Paço, tem maior movimento de gente uma vez que, ao sair das barcas, há um fluxo grande de pessoas que passam em direção à rua S. José, não passando portanto na Praça XV.

Mas é como vc colocou, o descaso a falta de sensibilidade das autoridades com relação ao turismo em nossa cidade é marca registrada de longa data...

Abraços!

Marcelo Rezende


sábado, 11 de setembro de 2010

A HISTÓRIA DO PALÁCIO MONROE E DE SUA DESTRUIÇÃO

Primeiramente lido no blog Vamos Mudar este País, então retirado do thread do Skyscrapecity sobre o Palácio Monroe, que editou texto e fotos encontrados no http://www.fotolog.net/tumminelli/, de Roberto Tumminelli, responsável pelos textos.

Enviado pela Guia Angêlica Monnerat que fez uma pequena adaptação.

PALACIO MONROE – 1904

Monroe 8 Esta página aborda e mostra o famoso Palácio Monroe. Sua construção, sua vida e sua criminosa demolição. O epílogo da vida do Monroe será uma surpresa para muitos que desconhecem a verdadeira causa de sua demolição. Por isso peço que você acompanhe e divulgue a serie para seus amigos e conhecidos. Você verá como uma historia fantasiosa perdura por muitos anos entre os cariocas encobrindo um dos maiores crimes contra a historia do Rio e do Brasil. É só aguardar.

Vamos lá… A foto é de autoria de Augusto Malta, um alagoano, que após trocar sua bicicleta por uma máquina fotográfica, tornou-se alguns anos depois um dos principais fotógrafos da evolução urbana do Rio. Malta foi o autor de mais de 30 mil fotos. Registrou a grande mudança urbanística que o Rio de Janeiro sofreu durante o governo do Prefeito Pereira Passos entre outras fotos. Recebeu o cargo de fotografo municipal em junho de 1903.

Nessa foto podemos ver as conclusões da construção do Palácio Monroe, cercado de andaimes de madeira. O Monroe foi construído originalmente nos EUA pelo Governo do Brasil. Participava das comemorações do centenário de aniversario de integração do Estado de Louisiana nos EUA. Esse estado pertenceu à França até 1803. A sua construção causou impacto perante a todos os presentes à comemoração. A imprensa americana ressaltou seu estilo, suas linhas. Por fim foi merecedor do prêmio de melhor arquitetura da época, o Grande Prêmio Medalha de Ouro. Seu projetista foi o Coronel Arquiteto Francisco Marcelino de Souza Aguiar. Sua estrutura, toda metálica, permitiu seu desmonte para ser remontado em solo brasileiro. Foi erguido então no fim da Rua do Passeio onde havia um velho casario. Em estilo eclético, marcou pelo rompimento do uso da arquitetura portuguesa no Brasil.

A Avenida Central ainda em fase final de construção. Pode-se observar no canto inferior esquerdo uma nesga da nova calçada, em pedra portuguesa, com as ondas que vieram ser iguais a da Avenida Atlântica. Ao lado, os belos postes de iluminação publica. O Obelisco no fim da Avenida ainda não Havia sido feito e instalado.

PALACIO MONROE – 1906/07

Monroe 7 Continuando a historia do Palácio Monroe, iniciada ontem, temos na foto ele já com a sua construção acabada. A escadaria de sua entrada que era virada para a, então, Avenida Central (atual Rio Branco). Infelizmente não podemos observar os famosos leões que haviam nela e que atualmente, se não me engano, estão numa residencia em Pernanbuco. Observa-se também os jardins do Monroe ao lado esquerdo da foto.

Entregue aos cariocas e ao Brasil em 1906 por ocasião da Terceira Conferencia Pan Americana que foi sediada nele. Sua reconstrução, depois da sua transferência dos EUA, começou em 1904. Durante a abertura da Conferência, o mestre de cerimônias, Barão do Rio Banco, batizou o, então, Pavilhão Brasil (lembre-se que ele foi construído para representar nosso país nos EUA), de Palácio Monroe, uma homenagem ao presidente norte americano James Monroe, idealizador do Pan Americanismo. Além dessa conferencia o Monroe foi palco de vários eventos, tais como, 4º Congresso Médico latino Americano, foi sede do Ministério da Viação, sediou o Congresso Internacional de Jurisconsultos entre outras coisas. Em 1925, foi transformado em sede do Senado Federal. Com a transferência da capital federal do Rio para Brasília, o Monroe passou a sediar o Estado Maior das Forças Armadas.

PALACIO MONROE –  1958

Monroe 6 A nossa maquina do tempo pulou 40 anos e caímos agora em 1958. O presidente é Juscelino Kubsticheck, que estava no poder há dois anos.

O Rio de Janeiro ainda era Capital Federal, mas Brasília a essa altura era mais que um sonho. No ano seguinte ela começaria a ser construída.

O Monroe ainda abrigava o Senado Federal. Imponente, lá estava ele cercado de modernos prédios os quais podemos ver na foto. Um misto de poder com divertimento, Cinema Odeon (logo atrás do Monroe), Cine Império (demolido), Capitolio (demolido), O Bar Amarelinho, lá no Fundo o Teatro Municipal. Indo para a esquerda o Hotel Serrador, o Passeio Público e o prédio da Mesbla (o do relogio). O vazio atrás desse prédio será ocupado pela catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro, o prédio da Petrobrás e do BNDES, muitos anos depois.

A quantidade de carros nas ruas do Rio já era uma preocupação… O Aterro do Flamengo viria a ser uma solução para desafogar o transito, mas ele só seria construído pelo Governador Carlos Lacerda na década de 60. Nessa época só existia a área onde está o MAM e o Monumento aos Mortos da 2ª Guerra. Os bondes disputavam com os ônibus o transporte dos cariocas. O Metrô era um sonho, mas em menos de 20 anos ele estaria nessa região (Estação Cinelândia)…

Em 1964 os militares deporiam João Goulart e iniciariam o período de uma terrível ditadura militar no Brasil. O Monroe duraria apenas mais 12 anos…

PALACIO MONROE – 1975

Monroe 5 Aqui começa a ser analisado o processo de demolição do Palácio Monroe e uma historia que perdura por muitos anos vai ser aqui jogada por terra…

O sonho de haver um sistema metroviário no Rio é antigo, porém só em 1966 é que se abriu uma frente de estudos para a inicialização da viabilidade das obras. A Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro então foi criada em 1968. O primeiro canteiro de obras se deu na Gloria em 1970, mas as obras ficaram paralisadas entre 1971 e 1974. Em 1975 as obras foram retomadas e seguiram em direção ao Centro da Cidade. A estação seguinte a da Gloria seria a Estação Cinelândia. No meio do traçado dos trilhos estava o Palácio Monroe. O que fazer? O intuito do Metrô sempre foi preservar prédios de importância histórica que estivessem próximos ao traçado dos trilhos, como o Teatro Municipal e a Câmara de Vereadores, mas o Monroe estava bem no meio do traçado. A solução foi fazer uma modificação no traçado original da linha. Um desvio que passaria ao lado do Monroe, para que fosse poupada a sua demolição.

Decidida essa etapa e estudada a obra, pôs-se em pratica a construção do desvio. Por causa do terreno e da proximidade das fundações do Monroe foi empregada uma moderna tecnologia para que tudo corresse bem. O escoramento do terreno foi feito com cuidado para que não houvesse perigo dele ceder e por em risco o Monroe. As fundações do Palácio eram verificadas duas vezes ao dia.

As obras continuavam e o tombamento do Monroe (pedido em 1970) não saía. No entando continuava uma batalha para a sua preservação.

A escadaria de mármore da entrada do Palácio foi desmontada por uma equipe de técnicos vinda especialmente da Itália. A retirada da escada era necessária, pois coincidia com as paredes da vala a ser aberta. A escadaria foi desmontada cuidadosamente e guardada no interior do Palácio.

A escavação da vala, colocação das contenções necessárias, entre outras medidas, resultaram no sucesso da operação e no final o Palácio não havia sido abalado em nada. A feitura de tal empreitada e seu sucesso foram alvo de matérias em revistas especializadas.

Da parte do Metrô o Monroe estava salvo. No entanto, aproveitando-se da sua obra, o então Presidente da Republica Ernesto Geisel, autorizou o Patrimônio da União a providenciar sua demolição em 1976.

A obra, os esforços, então haviam sido em vão, para a frustração e tristeza daqueles que preservaram o Monroe e que tiveram um exaustivo trabalho que foi completamente ignorado e também para a tristeza de muitos cariocas que viram ruir um pedaço da historia da cidade e da historia do Brasil. Trabalho esse que é ignorado por muitos cariocas e inclusive jornalistas, que no mínimo deveriam ter a obrigação de saber que o Monroe foi poupado pelo progresso, mas que continuam insistindo em publicar a historia que o Metrô foi o culpado pela demolição do Palácio.

Então toda vez que você estiver chegando ou saindo da Estação Cinelândia (em direção à Zona Sul) preste atenção na ligeira curva que o trem faz e lembre-se dessa frase publicada num manifesto contra a demolição:

“… restará aos usuários do Metrô perceberem que, onde foi o Monroe, haverá uma misteriosa curva…”.

PALACIO MONROE – 1975 II

Monroe 4 Enquanto o Metrô desviava o trajeto da linha para poupar o Palácio Monroe de sua demolição, três figuras muito conhecidas dos brasileiros pediam ferrenhamente a sua demolição. Eis seus nomes:

  1. GENERAL ERNESTO GEISEL: Quarto presidente militar desde o Golpe de 64. Empossado pelo Colégio Eleitoral em 1974. Nutria um ferrenho horror pelo filho do Coronel Arquiteto Francisco Marcelino de Souza Aguiar, projetista do Palácio Monroe, . A raiva que Geisel sentia dele foi originada quando o filho de Souza Aguiar foi promovido no Exercito em detrimento de Geisel. Por puro ódio e vingança, Geisel aproveitou seu poder de Presidente da Republica e simplesmente autorizou a demolição do Monroe, acabando com o premiado projeto do pai de seu inimigo.
  2. ROBERTO MARINHO: Jornalista. Chefe das Organizações Globo. É de conhecimento público o apoio dado por Marinho aos militares desde a época do Golpe. Aproveitando a grande circulação do Jornal O Globo, fez uma enorme campanha a favor da demolição do Monroe aproveiotando-se da obra do Metrô. Quase que diariamente O Globo publicava editoriais exigindo o desaparecimento do Palácio. Fica claro que esse apoio aos militares visava sempre ter os beneficios que o governo federal podia proporcionar. No ultimo editorial publicado pelo Globo podia-se ler as seguintes palavras:
    “Por decisão do Presidente da Republica, o Patrimônio da União já está autorizado a providenciar a demolição do Palácio Monroe. Foi, portanto, vitoriosa a campanha desse jornal que há muito se empenhava no desaparecimento do monstrengo arquitetônico da Cinelândia. (…) O Monroe não tinha qualquer função e sua sobrevivência era condenada por todas as regras de urbanismo e de estética. Em seu lugar o Rio ganhará mais uma praça. Que essa boa noticia, que coincide com o fim das obras de superfície do metrô da Cinelândia seja mais um estimulo à remodelação de toda essa área de presença tão marcante na historia do Rio de Janeiro”.
  3. LUCIO COSTA: Arquiteto. Defendia também a demolição do Monroe. Com qual intuito? O de dar chance à arquitetura brasileira moderna? Ou ser mais um agraciado pelo Governo Federal quando fosse preciso? Costa chegou ao cúmulo de passar abaixo-assinados em associações de arquitetos para endossar a demolição do Monroe. Foi mal visto na época por seus colegas que nunca o perdoaram por esse gesto criminoso.

Do lado oposto à demolição estavam arquitetos, o CREA, o Jornal do Brasil, o Juiz Federal Dr. Evandro Gueiros Leite (que sugeriu que o Monroe sediasse o Tribunal Federal de Recursos, que estava sem sede), o Serviço Nacional do Teatro, a Fundação Estadual dos Museus, a Secretaria Estadual de Educação, e várias outros entidades importantes e principalmente o povo carioca. Em vão…

Portanto, essas três figuras pisotearam e riram dos apelos de todos e foram os principais responsáveis pelo desaparecimento de um importante pedaço de nossa historia.

A foto mostra parte do desvio feito no traçado já junto à Praça Floriano.

PALACIO MONROE 1976

MONROE 3 Depois de aprovada com o aval oficial do Presidente General Ernesto Geisel, a demolição do premiado Palácio começou entre janeiro e março de 1976.

O valioso prédio começou a sucumbir. Aos poucos um importante pedaço da historia de nosso país começava a virar pó, pedra e escombros.

A empresa que foi contratada para demolir o Monroe pagou apenas CR$ 191 Mil (cento e noventa e um mil cruzeiros) com direito de venda de todo o material. Com a venda do bronze e ferro do Monroe ela faturou nada menos que CR$ 9 Milhões. Tudo foi vendido… Vitrais, lustres de cristal, pinturas valiosas, estatuas de mármore de carrara e bronze, moveis em jacarandá a balaustrada de mármore (como a que foi leiloada no dia 19 desse mês e tive a oportunidade de ver e fotografar). Havia uma escada de ferro em caracol que foi vendida pela pechincha de CR$ 5, 00 (cinco cruzeiros), o metro. Sem contar muitas outras peças. Grande parte do piso, com mais de 2000 metros quadrados , foram para o Japão. Tudo por causa do tipo de madeira: peroba do campo. Seis dos dezoito anjos de bronze foram parar na fazenda de Luiz Carlos Branco em Uberaba, além de alguns balcões de mármore e vitrais. Os leões que ficavam na escadaria na entrada do Monroe hoje estão no Instituto Ricardo Brennand em Recife, Pernambuco.

E esse foi o triste fim do Palácio Monroe. Destruído única e exclusivamente pelo sentimento de ódio e vingança de um homem, apoiado pela mídia mafiosa e manipuladora e pela idéia tresloucada de que o Monroe devia desaparecer por não ser um representante da arquitetura brasileira. O respeito pela historia de um país, pelo esforço de quem o projetou, do suor dos operários que o constrruiram e pelos apelos de inúmeras pessoas sensatas não foi sequer considerado. Três homens puderam, pelo poder (mesmo que temporário), pisotear tudo e todos. O que resta agora são fotos, memórias, lembranças e lágrimas.

PALACIO MONROE – 1976

Monroe 2 Terminada a demolição o terreno ficou vazio. As obras da Estação Cinelândia do Metrô continuavam. A partir daí o Metrô tornou-se, erroneamente, o grande vilão de toda essa historia. E até hoje grande parte dos cariocas atribuem a ele a demolição do Monroe. Cabe a nós fazer um trabalho de formiga e divulgar entre todos que conhecemos a verdadeira historia do fim do Palacio Monroe.

Os algozes do Monroe ficaram felizes e com certeza dormiram tranqüilamente pouco se importando com o ocorrido e com as pessoas que tentavam salvar o Palacio.

O Monroe não existia mais. Em seu lugar surgiu uma praça.

Nela hoje está um belo chafariz que foi originalmente posto na Praça XV. Depois passou para a Praça Onze, Praça da Bandeira e terminou no lugar do Monroe pouco tempo depois da sua demolição. Chafariz belíssimo comprado na Áustria pelo Governo Imperial em 1878. Em homenagem ao Palacio é chamado de Chafariz do Monroe.

Em 2002, durante a construção do estacionamento subterrâneo que se localiza debaixo da praça onde ele ficava os operários encontraram uma caixa metálica contendo vários objetos relativos à construção do Monroe, entre esses objetos estavam uma pedra do Palácio e uma edição espacial do Jornal do Brasil. Esse material foi entregue à Biblioteca Nacional e parece que hoje está em poder da Secretaria Municipal das Culturas. Repetindo o que escrevi… O que fica agora são fotos, memórias, lembranças e lágrimas.

Monroe 1

Podemos ver o traçado em curva do metrô contornando do palácio Monroe .
O metrô fez uma curva de alta complexidade, colocou equipes dedicadas exclusivamente para zelar pela estabilidade do prédio, sendo seus pinos conferidos pelo menos duas vezes ao dia .

Frases de uma de uma engenheira do Metrô:

“Espero que todo o Carioca que passar pelo lugar e sentir uma leve curva, se lembre de todo nosso esforço para fazê-la e de nossa frustração por ter sido em vão” (sic)

Aqui termina essa serie sobre o Palácio Monroe. Agradeço especialmente a Mario Carlos Silva Lopes da Assessoria de Comunicação da RIOTRILHOS. Sem ele essa serie não estaria completa.

Dedico esse trabalho à memória do Coronel Engenheiro Francisco Marcelino de Souza Aguiar.

Roberto Tumminelli

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Vila Jardim Santa Cecília em Santa Teresa

Fotos do Tricilo e ruas (Do livro do Felipe Fortuna).

Entre vários e-mails que O GUIA LEGAL recebe cada dia, aparece este do Sr. JOSE TADEU PEREIRA DA SILVA de Pelotas, RS:

“Olá! Boa Noite. O site é muito interessante mas vocês não tem por
aí fotos do bondinho do Condomnio Jardim Santa Cecília em Santa Teresa,
andei muito nele mas na época (1960) não possuia máquina fotográfica”.

Lembreu um dos vários livros que comprei os últimos 13 anos, e a foto estava lá!

Aproveito para colocar esta curiosidade no BLOG!

JOSÉ

Tenho sim as fotos, e estou enviando para você. O TRICICLO ainda existe, e funciona!. O único site na Internet que menciona ele é O GUIA LEGAL. Para tirar foto atual, até para entrar no lugar, devo contatar a Dona Beatriz, a Sindica do Condomínio.

São do livro CURVAS, LADEIRAS de Felipe Fortuna, e as fotos foram feitas por ele.

Ele escreve:

Vila Santa Cecilia 1 "Algumas escarpas, em Santa Teresa, criaram vizinhanças inesperadas. A Vila Santa Cecília, parecida com um vilarejo íngreme, é o melhor exemplo. Quem passa em frente ao estranho edifício amarelo, bem ao lado do Colégio Suíço-Brasileiro, não percebe que sua fachada esconde a entrada de uma gruta, que leva a um caminho sinuoso por uma vertente até o alto do morro. Por dentro do falso edifício, o que existe é uma minúscula estação de onde se Vila Santa Cecilia 2pode caminhar mais de um quilometro por um conjunto surpreendente de sobrados e casas. O mais inusitado é o pequeno triciclo movido a gás que carrega os passageiros, guiado pela roda da frente que se encaixa em um único trilho. De certa maneira, funciona como um elevador, que segue pela montanha numa viagem de mais de quinze minutos, embora só transporte quatro pessoas.

Vila Santa Cecilia 3 A vila já foi praticamente um território estrangeiro de suíços, alemães, franceses. Nada poderia ser mais isolado, já que nenhum carro entra por aqueles caminhos. O triciclo, por sua vez, interrompe as suas lentas viagens por volta das onze horas da noite, e só recomeça às seis horas da manhã. Minha mãe mantinha amizade com uma família estrangeira, e graças a ela eu conseguia andar no triciclo. Pois, se eu estivesse sozinho, apenas pelo prazer de ser transportado naquele veículo que não tinha igual em qualquer outro lugar do mundo, o porteiro me barraria ainda na entrada da vila. Djanira morou ali, numa casa em frente à pracinha. Contam que sua vizinha ganhou de presente vários desenhos e quadros que a pintora fez naquele lugar".

Fonte: Felipe Fortuna, Curvas, Ladeiras, bairro de Santa Teresa, Topbooks Editora 1998.

Me conta se o e-mail chegou bem, obrigado por contatar O Guia Legal!

GERARDO MILLONE

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